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Domingo Espetacular

Famílias perdem tudo em golpe liderado por homem conhecido como 'Lobo do Batel'

Cabeça do esquema convencia vítimas com vídeos em redes sociais

Domingo Espetacular|Do R7

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José Oswaldo Dell'agnolo, dono de uma empresa chamada The Boss, prometia rendimentos de até 3% ao mês. No último dia 12, a Polícia Federal fez uma operação para prendê-lo. Ele convencia os investidores com vídeos nas redes sociais. Um homem bem articulado, influenciador. Ele foi preso com R$ 5 milhões em dinheiro vivo. A maior parte em dólares. As principais vítimas eram de Curitiba e perderam milhões de reais.


O empresário parecia ter uma persuasão muito forte, cativando os seus clientes e mostrar que eles poderiam confiar nele. As investigações apontaram que os suspeitos usavam empresas de tecnologia de fachada e um suposto banco digital clandestino para atrair investidores. Os contratos prometiam rentabilidade fixa acima do mercado e, em alguns casos, citavam o uso de inteligência artificial e algoritmos como justificativa para os ganhos.


De acordo com a PF, as empresas não tinham autorização da comissão de valores mobiliários nem do banco central para atuar como instituições financeiras. Mesmo assim, teriam sido usadas para movimentar o dinheiro de quem esperava lucrar com o mercado financeiro. A The Boss é um braço da "Future", um banco com sede em Curitiba, no Paraná. Eduardo é filho de Josué Votroba, um operador do mercado financeiro que, segundo a polícia, também aparece como sócio nas empresas investigadas. Os depósitos eram feitos no Future Bank. De lá, os valores eram transferidos para a "The Boss". O homem responsável por fechar os negócios e lidar com os clientes era José Oswaldo Dell' Agnolo.


Segundo a PF, José Oswaldo Dell'agnolo, de 42 anos, era a "cara do negócio", o líder do esquema. Ele ficou conhecido como "Lobo do Batel". “Batel" é o nome do bairro em Curitiba onde a empresa funcionava, e "lobo" é uma alusão ao filme "O Lobo De Wall Street”, em que um ambicioso corretor da bolsa de valores cria um verdadeiro império, enriquecendo de forma rápida. e ilegal.


Quando foi preso, ele carregava malas, cheias de dinheiro vivo, e tinha a intenção de fugir do Brasil, segundo a polícia.


Imóveis, veículos e R$ 66 milhões foram apreendidos. De acordo com os investigadores, outros R$ 10 milhões foram transferidos para contas de laranjas, pessoas que nunca haviam feito aportes na empresa.


As dificuldades para acessar as aplicações ou sacar os valores começaram em agosto do ano passado. Um grupo de dez pessoas atendido por este escritório de advocacia, alega ter investido R$ 20 milhões, as vítimas perderam tudo quando o aplicativo do Future Bank deixou de permitir resgates.


De acordo com a investigação, o braço direito do esquema era comandado por outro sócio do grupo: Gilmar Conceição.


Na cidade de Piraju, no interior paulista, onde fica a fazenda que Oswaldo mostra neste vídeo, muitos moradores caíram no golpe. O inquérito aponta, pelo menos, dezessete suspeitos, os envolvidos podem responder pelos crimes de organização criminosa, gestão fraudulenta de instituição financeira, estelionato, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro nacional, o mercado de capitais e contra a economia popular.


Em nota, a defesa de Gilmar Da Conceição "reitera a presunção de inocência" dele e que fará uma manifestação formal quando tiver acesso integral aos autos de investigação. Enquanto o inquérito continua, as vítimas tentam reaver o dinheiro e reconstruir a vida.


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